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Tão complicada esta vida... e como seria simples amar-te
Tomar-te como uma criança em meus braços, beijar-te;
(Perdoa, amor, estas coisas que penso e a estas horas escrevo)
Tomar-te só para mim, e dividir contigo pedaço por pedaço,
Este amor, este sonho...
Chamo sonho a este amor com que me embriago,
Amargo pensamento onde apenas é doce a tua presença.
Perdoa amor: Pensar em ti era, a princípio, vago.
No começo, nem supus que importante isto fosse.
Hoje, pensar em ti, já é quase uma doença...
Que hei de dizer-te, afinal, se nada posso esperar...
Se temo que tudo se desmanche...
Receio pronunciar qualquer palavra, a palavra
Que seria essa pequena pedra deslocada,
Capaz de provocar uma avalanche,
... e sepultar
Este sonho, e fazer de tudo ...
... Nada!
(desculpa por qualquer palavra mal colocada,
... é que muito te amo ...)
Rosária Cid
10 de março de 1978
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