Assunto para tantos poetas é a amizade.
Até dia especial o amigo tem.
Mas o que é este sentimento do bem,
Que encanta e ensina a bondade?
Uns dirão que é especial.
Poucos dirão que é afeição.
Muitos dirão que é um manancial,
De fonte infinita de dedicação.
Mas, direi muito mais:
Que é alegria, que é paz, que é sabedoria, que é calor.
Que, simplesmente, é amor.
Tenho amigos de várias categorias:
Amigos irmãos e irmãos amigos
Amigos grandes e pequenos e, grandes e pequenos amigos
Amigos de toda hora, amigos que foram embora,
Amigos que voltaram agora e, amigos perdidos, mundo afora
Intelectuais, sentimentais, racionais e virtuais
Companheiros, verdadeiros, guerreiros e aventureiros
Inteligentes, carentes, contundentes e dependentes
Materialistas, espiritualistas, individualistas e artistas
Amigos cristãos e amigos pagãos
Determinados, complicados, esforçados e obstinados
Evasivos, conclusivos, compassivos e contemplativos
Atores, cantores, pintores e professores
Amorosos, corajosos, vaidosos e orgulhosos
Amigos maduros e amigos inseguros
Ponderados, aloprados, arrojados e compenetrados
Infantis, senis, viris e pueris
Sensitivos, destemidos, convencidos e combalidos
Vulneráveis, desejáveis, amáveis e sugestionáveis
Mas talvez, dentre todos, o de maior importância,
Seja aquele... que nem meu amigo é, de fato...
Que tenha, talvez, todos os motivos do mundo para me desprezar,
Pela imaturidade minha, pela minha arrogância,
Pelo erro meu, pelo meu inconsequente ato.
E que, no entanto, numa prova de imensa superioridade, preferiu me perdoar.
Rosária Cid
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