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Não chores ao passar junto a esta sepultura;
É um relicário, sim, do mais puro amor;
Nela há mais do que um corpo há uma alma que foi feliz!
E um coração que fortemente pulsou em nome d’um grande amor...
Antes de se deitar com a terra fria
Aos céus invocava uma oração, agradecendo.
Mas, aos pés do criador, era humilde,
Talvez até “pecadora”.
Mas a espalhar pela Terra as Graças do Senhor.
Com o pobre partilhou sua riqueza (o amor)
Seu suspiro final foi como um “ai” de amor.
Ó passante! Que exemplo aqui encontras
Que a vida que aqui jaz, não te fale de dor;
Pois não morre jamais quem trazia tal sorte.
Pois não morre jamais quem trazia tão verdadeiro “amor”.
Rosária Cid
5 de dezembro de 1975
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